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Crônicas
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Esse chão que é meu
Esse solo que piso, essa terra que amo. A magia, os encantos e
amores... Os primores que não encontro cá.
Esse chão...
Chãobento descrito em versos e prosas. Relembrado em crônicas saudosas
por seus filhos ilustres e por outros nem tantos assim, mas amantes da
pátria mãe.
Quanto mais o tempo passa, mais eu gosto desse chão que é meu. Em teu
solo repousam minhas raízes, em teu solo me sinto em casa. Em meu corpo
trago as marcas das tuas ruas de pedras. Em minha alma carrego as
lembranças de um tempo feliz que vivi ao lado dos meus em teu chão.
Em teu solo relembro o quanto é bom amar e ser amado... Relembro
a magia do primeiro beijo, do primeiro porre; dos amigos verdadeiros.
Em teu solo e, só nele, sinto a saudade dos meus vizinhos... Meus
irmãos.
Em teu solo sinto a saudade daqueles que não estão mais entre nós
...
Em teu solo presto homenagem a eles quando te honro assim como eles
fizeram a ti.
Esse chão que é meu...
Como é bom sentir a doce brisa dos teus campos tocando minha face com o
mesmo carinho que sempre me recebeste. A mesma brisa que me remete aos
tempos que em tuas águas banhei... Como é bom te sentir
novamente.
Se fecho os olhos consigo sentir a magia dos festejos dos teus Santos
de bairros. Até o cheiro daquele balão em forma de pato vendido nesses
festejos eu consigo sentir. O cheiro dos doces vendidos em malas e
“alumiados” por lamparinas... Teu verdadeiro cheiro.
O retorno para casa com o balão amarrado no pulso ou no botão da camisa
-farda de festa - para ele não escapar. A decepção ao acordar e
encontrá-lo murchinho no teu chão.
Se fecho os olhos ainda te vejo da mesma forma como te conheci. Se
fecho os olhos, aperto as lágrimas que correm de saudade por ti.
Se fecho os olhos, sinto as batidas do teu coração...
Desse chão que é meu.
Moisiel Rocha
14 de julho de 2017
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