Moisiel Rocha (Branco)



Crendises

 Eu sempre soube que se fosse dormir pelado meu Anjo de Guarda não velava meu sono, assim como orientado a nunca comer manga verde se estivesse com febre. Tomar juçara e logo em seguida comer manga era morte certa.

- Tu é doido menino. Tá querendo morrer é?

Para as mulheres, comer manga verde de “bode” também fazia mal... Morria toda talhada por dentro.

Quem já teve papeira sabe que não podia - ou não pode - fazer estripulia para ela não descer e você ficar cujuba! Quarentena tinha que ser respeitada sob pena de ficar doente novamente. Não podíamos apontar para as estrelas que logo uma verruga surgia em nosso corpo. Mulher parida só podia comer galinha na água e sal durante toda a quarentena, nem sol podia pegar. Uma lona preta era colocada nas frestas das janelas e portas para que nenhuma luz entrasse. Comer carne e logo em seguida peixe era outra mistura desaconselhada também. Depois das refeições você tinha que descansar um pouco para a comida poder descer direito, caso contrário, podia dar congestão... Leite com juçara!

- Tu é doido ou corre atrás de avião? Essa mistura é fatal, siô!

Alguém já tentou colocar remela dos olhos de cachorro nos seus para enxergar as almas penadas? Pois é! Diziam que funcionava mesmo.

Quem entrava na faca era sempre a bananeira para revelar o nome do futuro marido das donzelas da época, segundo elas, a faca tinha que ficar, por dois dias, enfiada e quando retirada, conseguiam ler o nome do cara. Quem era testemunha de casamento demorava casar... Essa eu provo que é mentira! Chinelo “emborcado” estávamos agourando alguém da família... Colocar as mãos cruzadas na cabeça era a morte da mãe.

Confundir jumento com jumenta fica preso no bicho... Essa não posso afirmar se é crendice ou não.
                        


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